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Premiado musical ‘A Cor Púrpura’ chega ao Teatro Riachuelo Rio falando sobre opressão à mulher

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Tempo estimado de leitura: 2 minutos
O elenco é composto por 17 atores, todos negros Fotos: Rafael Nogueira/Divulgação

Seja na versão original, o romance lançado por Alice Walker no início dos anos 1980, no cinema, com o filme dirigido por Steven Spielberg ou na montagem da Broadway, “A Cor Púrpura” nunca deixou de ser a de faturar prêmios. Entre eles alguns dos mais cobiçados, como Pulitzer, Grammy e Tony – isso sem falar em 11 indicaçõs ao Oscar. E aqui no Brasil a rotina tem sido a mesmo. Desde que estreou em setembro do ano passado, o musical idealizado e dirigido por Tadeu Aguiar vem acumulando público e troféus. E para quem ainda não assistiu à aclamada montagem, vem aí mais uma chance: a temporada no Teatro Riachuelo Rio, no Centro, que começa no dia 14 de março.

Nas principais premiações do teatro do Rio de Janeiro, o espetáculo arrematou três troféus no Prêmio Cesgranrio e nada menos que 11 no Prêmio Botequim Cultural.  Já no Prêmio Aptr Associação dos produtores de Teatro do Rio) e Shel, que ainda não foram realizados, foram oito e três indicações, respectivamente.

Letícia Soares (C) já recebeu dois prêmios de melhor atriz por “A Cor Púrpura”

Liderado por Letícia Soares – eleita melhor atriz no Botequim e no Cesgranrio – o elenco de 17 atores – todos negros – conta uma história de opressão à mulher que acontece numa zona rural do Sul dos Estados Unidos do início do século XX. Apesar do intervalo de tempo, porém, as semelhanças com o Brasil de hoje são muitas.

Entregue pelo suposto pai a um fazendeiro local, Celie deverá trabalhar sem receber qualquer remuneração. Entre conflitos e laços com outros personagens, a protagonista vê sua trajetória ser pontuada por questões sociais que avançam pelo tempo como, por exemplo, desigualdade, abuso de poder, racismo, machismo, sexismo e a violência contra a mulher.

— A história é universal: fala do ser humano, em especial das mulheres. É imediata a identificação com o momento do país, onde há tantas histórias de opressão às mulheres. “A Cor Púrpura” é um grande grito de liberdade — brada Tadeu Aguiar, que tem no currículo outros musicais de destaque como “Bibi, uma Vida em Musical” e “Quase Normal”.

A trama é costurada por momentos de drama e esperança contados através de 32 números musicais – a direção musical é de Tony Lucchesi, e a trilha executada por oito músicos. Para poder passar as emoções da versão da Broadway, Artur Xexéo procurou ser mais  fiel aos efeitos sonoros das canções.

— Às vezes, um verso original termina com uma vogal aberta e, para aproximar a versão de uma tradução literal, você termina com uma vogal fechada. Então, o melhor é se afastar da tradução literal e se aproximar do efeito sonoro. Há, na peça, todo tipo de música negra americana: spirituals, blues, work songs, etc. Muito da ação é transmitida pela música. Então, a versão não pode tomar muitas liberdades. Tem que respeitar a intenção da letra original — explica.

Outra preocupação quanto à montagem norte-americana foi a manutenção dos personagens com suas essências. Tudo para que, como Tadeu Aguiar comentou inicialmente, aquela identificação com o público de hoje, mesmo tratando-se de uma história de época, não fosse perdida.

— Não foi preciso adaptação alguma para o musical interessar à plateia brasileira. Ele, naturalmente, fala a qualquer plateia do mundo de hoje — encerra Xexéo.

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