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Sempre é tempo! Colunista presta homenagem a Barbara Heliodora

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Site de notícias e entretenimento especializado no circuito de teatro do Rio de Janeiro
Tempo estimado de leitura: 2 minutos
Barbara Heiodora morreu aos 91 anos Foto: Divulgação

Não vamos falar de Barbara Heliodora, que faleceu no último dia 10 de abril, porque essa não é exatamente uma notícia nova. Nem por qualquer relação pessoal ou profissional que eu tenha com esta senhora. Tampouco porque vamos utilizar critérios de análise semelhantes aos dela.

Só estamos falando disto porque ela foi uma das principais referências do teatro no Rio de Janeiro nos últimos 50 anos, no mínimo. Muitos gostavam, muitos não, mas é inegável que ela foi uma referência. Mesmo porque atuava no principal jornal da cidade. Também porque seus comentários tinham um tom particular, marcante. Mas não importa.

A questão é que um site que se propõe dar conta do “Rio de Janeiro em cena”, ou do que o “Rio de Janeiro encena” em seus palcos, não pode deixar de noticiar e comentar a morte (quase simultânea ao lançamento do site) de alguém que dedicou a vida à mesma empreitada (além de outras, como tradução e ensino do teatro).
Bárbara tinha um modelo de crítica que seguia sempre. Primeiro falava do texto, em praticamente metade da coluna, depois direção, cenário, figurino, iluminação, e por último os atores, um a um ou em grupos, mas citava sempre todos os nomes.

Foi uma das principais tradutoras de Shakespeare no país. Não traduziu todas as peças, pois, em suas próprias palavras, era um trabalho muito cansativo. Suas traduções foram bastante utilizadas na cena teatral do Rio.

Foi também professora do curso de graduação em teatro (hoje graduação em Artes Cênicas) da UNIRIO, Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro.

Se aposentou primeiro do ofício de professora. Depois, muito recentemente, do ofício de crítica teatral do jornal O Globo. Como tradutora nunca se aposentou oficialmente.

Não sei se tenho distanciamento para analisar seu trabalho como crítica teatral. Meus pais assinavam O Globo, e desde pequeno eu lia suas críticas como um contraponto da minha própria opinião. Não fui seu aluno, assim também não posso falar de seu lado professora.

Mas como tradutora é muito evidente para mim o seu diferencial em relação a tradutores literários, isto é, oriundos do mundo das letras. As traduções shakespearianas de Manuel Bandeira, por exemplo, são deslumbrantes no papel. Mas ainda não conheci palavras que se encaixem melhor na boca de um ator do que as de Barbara Heliodora.

Comentem, escrevam! Meu e-mail é pericles.vanzella@rioencena.com

Abraços!

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