Temas pouco (ou nada) comuns em espetáculos infantis, como morte e o ciclo da vida, são os fios condutores de “Casa Caramujo”, que está de volta ao circuito teatral do Rio de Janeiro. Com entradas a preços populares, a partir de R$ 15 (meia), a montagem inicia uma curta temporada nesse sábado (16), às 16h, no Imperator, no Méier, onde fica apenas até 01/10, com apresentações também aos domingos, no mesmo horário.
Com texto e direção de Gustavo Paso, a peça é inspirada numa fábula escocesa do século XI que trata das etapas da vida: nascimento, criação, desenvolvimento e fim. Na trama, um garoto, diante da iminência de perder sua mãe, decide encarar a figura da morte, conseguindo aprisioná-la numa casa de caramujo.
O “proprietário”, que havia saído para poder se banhar, retorna e se dá conta não apenas da presença da “morte” ali, como também de um fenômeno. Agora, nenhum morador região consegue mais colher frutos, legumes e verduras, ou então pescar. Isso porque a morte, aprisionada, já não pode mais intervir no ciclo na vida, o que faz com que ninguém mais consiga se alimentar.
Ao saber desse fenômeno, o garoto, que já estava feliz com a recuperação da mãe, aceita se unir ao caramujo para resgatar a morte nas profundezas das águas. Em agradecimento, ela garante a ele que deixará sua mãe viver ainda mais por mais alguns anos.
Apresentado pelos atores Raquel Botafogo, Marcio Nascimento, Andrea Dantas, Antonio Barboza e Felipe Miguel, o espetáculo foi indicado no Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil em sete categorias: espetáculo, direção, cenário, figurino, iluminação, música e ator, esta última vencida por Marcio Nascimento.