RIO – O plano de flexibilização da cidade do Rio de Janeiro, previsto para ter início no dia 02 de setembro, foi suspenso. A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) disse ao jornal O Globo, no início desta tarde, que seguirá novas orientações do comitê científico do município. Por exemplo, se a ideia inicial era começar o planejamento com 45% da população adulta com esquema vacinal contra Covid-19 completo, agora só haverá avanço quando a marca for de 50%. Ainda não foi divulgada uma nova data para o programa ser cogitado novamente.
A decisão sucede algumas manifestações do próprio prefeito Eduardo Paes dando a entender que poderia, a qualquer momento, recuar na decisão. Por exemplo, apenas oito dias após anunciar o plano de flexibilização, ele admitiu ter ficado com a sensação de ter passado uma impressão errada à população.
— Não tem “liberou geral”. Se passei essa impressão, esqueçam a impressão que passei — recomendou na época.
De acordo com o “Vacinômetro” do Município, o Rio tem hoje 45,8% da população adulta vacinada com duas doses ou dose única. Entretanto, o processo de vacinação com a 1ª dose emperrou recentemente por falta de doses – a retomada acontece nessa quinta (26) para meninas de 17 anos. Além disto, a cidade é tida como o epicentro da variante Delta, como o próprio Paes já apontou.
O plano, batizado como “Rio de Novo, um ano de reencontros”, previa aberturas em diversos setores (inclusive, na cultura), a criação de um feriado e a meta de vacinação de 90% da população adulta, além da liberação do uso de máscaras em espaços abertos ainda em 2021.
O pontapé inicial seria na quinta da semana que vem, dia 02, com a criação de um feriado que entraria para o calendário da capital fluminense a partir de 2022, através de projeto de lei. A ideia era suar esta data para comemorar anualmente o fim da pandemia.
Ainda em setembro, o setor cultural passaria a contar com manifestações culturais e artísticas em centenas de pontos (com prioridade para artistas locais) e atividades ao ar livre em equipamentos culturais do município.
Outra previsão que não deve se concretizar que estádios de futebol, danceterias, boates, casas de show e festas em espaços fechados pudessem ser reabertos com 50% da capacidade – a ser ocupada somente por quem estiver com o esquema vacinal completo.
Já em outubro, a expectativa da prefeitura era liberar 100% da capacidade para estes mesmos espaços.
Por fim, em novembro, o planejamento era a liberação do uso de máscaras, que passaria a ser obrigatório somente em transportes públicos e unidades de saúde. A livre circulação, sem restrição de capacidade e distanciamento, também era cogitada.
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