Neste fim de semana, o Teatro João Caetano reabre suas portas pela primeira vez para uma peça teatral. Depois de um show do grupo de choro Galo Preto em novembro do ano passado, o mais antigo palco do Rio de Janeiro ainda em atividade, localizado de frente para a Praça Tiradentes, recebe o público agora para duas apresentações do drama LGBT+ “Meu outro eu”, marcadas para esta sexta-feira (14) e para sábado (15), às 19h.
Idealizado por Thiago Roderich, que também produz e assina o texto ao lado de Rômulo Rodrigues e Thiago Braga, “Meu outro eu” narra a trajetória da drag queen Vivian Davis (Caio Goddard), que aproveita a última noite de funcionamento da casa de shows onde se apresentou por anos para compartilhar com o público as histórias que viveu ali.
Assim, ela coloca frente a frente o criador (o artista) e a criatura (a personagem), desencadeando uma série de reflexões sobre as relações e os comportamentos por trás da arte drag, buscando ainda a desconstrução de estereótipos.
Inaugurado ainda no início do século XIX e rebatizado diversas vezes – com nomes como Real Teatro São João e Imperial Theatro São Pedro de Alcântara – o Teatro João Caetano está atualmente sob responsabilidade da Funarj (Fundação Anita Mantuano de Artes do Estado do Rio de Janeiro), órgão ligado à Secec (Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa) e responsável pela promoção da cultura e pela gestão direta de uma série de museus, teatros e centros culturais.
Sobre as medidas de combate contra a propagação da Covid-19 nas apresentações de “Meu outro eu”, a Funarj não se pronunciou em seu site oficial. No show de novembro passado, algumas restrições foram adotadas como a comercialização de apenas 298 ingressos (um terço da capacidade total), a implementação de um filtro especial nos aparelhos de refrigeração dos espaços e também a obrigatoriedade do uso de máscaras durante todo o evento.