“O Inevitável Trem”, em cartaz no Teatro do Jardim Botânico – antigo Tom Jobim, que reabriu excepcionalmente para esta temporada – oferece uma vivência teatral completamente diferente aos espectadores. Com o objetivo de quebrar paradigmas e resgatar “um teatro de raiz”, o autor e diretor Pedro Jones foi o mentor do que ele chama de experiência visual olfato gastronômica, cujo objetivo é fazer o público se sentir o máximo possível dentro da cena.
No palco, que fica centralizado e muito próximo à plateia, os personagens de Giuseppe Oristânio e Carla Nagel estão na cozinha de casa tendo uma última conversa sobre os altos e baixos da relação. Enquanto o papo se desenrola, ele, que interpreta um chef, vai preparando uma refeição de verdade, o que foi possível graças aos conhecimentos culinários do ator. O processo é o ponto chave da tal experiência por ser finalizado com um prato feito na hora e, claro, pelo seu aroma também.
Em entrevista para o “Quem Encena”, do nosso canal RIO ENCENA TV, Giuseppe, Carla – que interpreta uma fotógrafa e expõe suas próprias fotografias na entrada do teatro como uma forma de introdução do espectador ao clima da peça – e Pedro se juntaram ao cenógrafo e figurinista José Dias, peça fundamental no trabalho, para lembrar como surgiu a ideia, da qual nunca pensaram em abrir mão, e comentar a reação do público, que, inclusive, pode degustar ao final da peça o que foi preparado em cena. Veja no vídeo abaixo: