O plano de reabertura da cidade durante a pandemia elaborado pela prefeitura do Rio de Janeiro foi mais uma vez alterado. Nesta sexta-feira (11/09), em entrevista coletiva no Riocentro, na Barra da Tijuca, o prefeito Marcelo Crivella anunciou que teatros e cinemas estarão liberados a partir já dessa segunda (14), mas com apenas 50% da capacidade de público . Com o cronograma ainda na fase 6A, a previsão era de que as salas fossem reabertas apenas na etapa seguinte, a 6B, no mês que vem. Para justificar a antecipação da retomada de tais atividades, Flávio Graça, coordenador da Vigilância Sanitária, citou um maior controle do vírus.
— Nossos indicadores cumpriram seu papel, nos dando mecanismos de avaliação e controle do impacto da pandemia no nosso sistema de saúde. Houve o fechamento dos hospitais de campanha da rede privada, mas o nosso sistema suportou. E os médicos também estão lidando melhor com a doença — explicou.
Além da capacidade reduzida na plateia, outras medidas de segurança adotadas nesta reabertura de teatros e cinemas são a obrigatoriedade de assentos numerados e o veto à comercialização e ao consumo de alimentos e bebidas nas dependências do espaço.
Outras mudanças anunciadas pela prefeitura foram a proibição de venda de bebidas alcoólicas para clientes que não estiverem ocupando mesas e cadeiras em bares e restaurantes; permissão para lojas de comércio de rua – inclusive de galerias e centros comerciais – com horário de funcionamento livre, mas com limitação de capacidade simultânea máxima de 4m² por pessoa ou 2/3 da capacidade; liberação de estacionamento na orla do Leme ao Pontal aos sábados, domingos e feriados apenas para quem resida na região. Já a permanência nas areias das praias permanece proibida.
Em seu pronunciamento, Crivella mais uma vez pediu “consciência” aos cariocas nesse período de flexibilização e admitiu ser inviável para a prefeitura fiscalizar toda a cidade.
— Importante neste momento que a gente não perca a sabedoria e a inteligência. Aglomeração sem máscara é muito risco. Estamos tentando fiscalizar quem aluga cadeiras e guarda-sol e fechando o estacionamento. Não estamos apavorados ou com problemas de atendimento (em unidades de Saúde), mas queríamos a curva de contaminação mais baixa. E não está porque as pessoas, depois de um certo tempo de afastamento, esgotadas, acham que a vida voltou ao normal, mas não. Faremos de tudo o que pudermos, mas é quase impossível garantir numa cidade como o Rio vigiar cada metro quadrado — complementou o prefeito, que na coletiva, voltou a falar por alto sobre liberar o Maracanã para torcedores – entre 10 ou 12 mil – o que pode acontecer já no início de outubro.