Nessa segunda-feira (13), os teatros do Rio de Janeiro completam quatro meses sem qualquer atividade. Um recesso forçado do qual não se tinha notícias por aqui até a chegada da pandemia do novo coronavírus. E entre um sem número de incertezas neste momento, fica a dúvida se as salas privadas, mantidas com patrocínios, investimentos dos próprios proprietários e bilheterias, conseguirão ter um fôlego financeiro para atravessar esta fase e chegar no futuro ainda em condições de abrirem suas portas para receber espetáculos e público.
Dono do Centro Cultural Solar de Botafogo, o ator Leonardo Franco disse à RIO ENCENA TV (inscreva-se aqui) que está acostumado às crises que afetam a cultura há anos, mas admite que vem sentindo os impactos financeiros da pandemia, à qual chama de “catástrofe”.
— Nem posso dizer que tenho reservas, porque estão acabando. Mas é uma pena que esteja acontecendo isso agora… Alguns funcionários tive que mandar embora, mas ainda estou mantendo o plantel mais antigo — destaca Leonardo, que ainda lamentou o fato de muitos profissionais estarem deixando a cultura em meio à crise.
Além do olhar de um proprietário de equipamento cultural em meio ao caos provocado pelo vírus, ouvimos também uma especialista. Coordenadora Nacional de Economia Criativa do Sebrae Nacional, Jane Blandina afirma que não é exagero pensar num fechamento em larga escala de teatros no Rio nos próximos meses. Para que se evite tal cenário, ela faz a seguinte sugestão: reinvenção.
— É muito provável que se (proprietários de teatros) não se reinventarem com novas tecnologias e novos formatos, na sua modelagem do negócio, fecharem. É muito triste, mas é um fato – afirmou Jane.
Confira a reportagem no vídeo abaixo: