Do alto das suas mais de quatro décadas de teatro, Guida Vianna deixa a vaidade de lado para admitir que acumula alguns fracassos na longeva carreira e ainda vai além: sem neuras, aponta o maior deles. Sincera e bem humorada, a carioca Margarida Machado Vianna, de 64 anos, que está atualmente em cartaz com o drama familiar “Agosto”, no Imperator (Centro Cultural João Nogueira), no Méier, recorda que apesar da produção caprichada, a montagem de “Serafim Ponte Grande”, que estreou em 1982, não conseguiu atrair muita gente para o Teatro Villa-Lobos.
— A gente estreou no Villa-Lobos, de 500 lugares, enorme, parecia que agente tinha chegado no mainstream, que era o máximo… Era um espetáculo que tinha tudo: elevador que subia e descia, rampa, ponte… Foi um fracasso absoluto! Ninguém gostava de nada. Um dia, a gente teve duas pessoas na plateia num teatro de 500 lugares — diverte-se Guida, no quadro “Perfis”, da RIO ENCENA TV.
Em contrapartida aos fracassos, a atriz, claro, também já esteve em projetos dos quais se orgulha. Por exemplo, “Poleiro dos Anjos” (1981), o qual considera o espetáculo mais marcante de sua trajetória, e também o próprio “Agosto”, que lhe rendeu no ano passado o Prêmio Cesgranrio de Melhor Atriz.
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