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Guimarães Rosa, João Ubaldo Ribeiro, Agatha Christie… Autores levados aos palcos para ler na quarentena

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35 anos, bacharel em Artes Cênicas pela UNIRIO, licenciada em Letras pela Estácio de Sá, atriz, escritora, tradutora e ávida leitora nas horas vagas.
Tempo estimado de leitura: 3 minutos

Em notas rápidas sobre adaptações de romances para os palcos, podemos citar “1984” de George Orwell, que apesar de ter sido escrito em 1949, continua mais atual do que nunca. Em consequência foi parar nos palcos de Nova York em 2013, adaptado por Robert Icke e Duncan Macmillian.

Considerando peças que ainda não passaram por solo nacional, temos também a adaptação de “O sol é para todos” de Harper Lee, que teve adaptação do vencedor do Oscar por “A rede social”, Aron Sorkin na Broadway em 2018.
Talvez a mais rápida adaptação de romance para peça teatral tenha sido a de “Of Mice and Men” que foi escrita em 1937 por John Steinbeck, e estreia no palco no mesmo ano. Se tornando um clássico de literatura e dramaturgia.

Essa que vos escreve teve a oportunidade de assistir a uma montagem na Broadway em 2014. No entanto, não tive a mesma sorte de assistir à montagem brasileira de “Sobre Homens e Ratos”, dirigida por Kiko Marques.

No National Theatre em Londres, estreou em dezembro de 2019 a adaptação para o palco do romance de Neil Gaiman de 2013. “O oceano no fim do caminho” foi adaptado por Joel Horwood e dirigido por Katy Rudd.

Sendo ela a Rainha do Mistério, Agatha Christie escreveu a peça de um dos seus romances “E não sobrou nenhum”. O livro, que leva o mesmo nome da peça no original, “And then there were none”, foi publicado em 1939. Não muito tempo depois, a peça teve sua estreia em 1943 em Londres. Também é dela, a peça mais conhecida por ser encenada há mais tempo em Londres, “A Ratoeira”, que está em cartaz ininterruptamente desde 1952.

Livros que foram levado aos palcos Foto: Coleção privada Luciana Kezen

Pedro Bandeira, excelente autor paulista de inúmeros livros infantojuvenis, escreve e adapta o romance “O fantástico mistério de Feiurinha”, para o palco, eventualmente chegando as telas de cinema. Como romance de Osman Lins, 1964, “Lisbela e o Prisioneiro” que ganha uma temporada no palco antes de virar um especial de televisão e finalmente filme em 2003.

Saído da Coleção Plenos Pecados da Editora Objetiva, encarregado pela Luxúria, João Ubaldo Ribeiro escreve “A casa dos Budas ditosos”, 1999. Não muito tempo depois, Domingos de Oliveira adapta para o teatro em forma de monólogo, e Fernanda Torres estreia em 2004 como a protagonista que conta a estória.

“Sermão da Quarta-feira de Cinzas” é um dos sermões de Padre Antonio Vieira, que foi adaptado e dirigido por Moacir Chaves. Pedro Paulo Rangel como o padre do século XVI foi algo memorável nos palcos quando estreou em 1994.

João Guimarães Rosa, tive a maravilhosa oportunidade de assistir a duas adaptações sem precedentes. “A hora e a vez de Augusto Matraga”, que estreia no SESC Ginástico em 2007 sob direção magnífica de André Paes Leme. E no CCBB, em 2018, “Grandes Sertões: Veredas” estreia na direção de Bia Lessa.

O mistério do britânico Mark Haddon, “The Curious Incidente of the Dog in the Night-Time” foi lançado em 2003. Como peça estreia no National Theatre adaptado por Simon Stephens e dirigido por Marianne Elliot. Em Nova York, onde tive o prazer de assisti-la, sua estreia só aconteceu em 2014, mesmo ano de estreia aqui no Brasil. Quem assume a direção “O estranho caso do cachorro morto” é o Moacyr Goes.

Em 1951, a exuberante Cacilda Becker interpreta Marguerite Gauthier em uma adaptação para o palco do romance francês de Alexandre Dumas Filho. A montagem no Teatro Brasileiro de Comédia de “A Dama das Camélias” foi dirigida por Luciano Salce, que contava também no elenco com Paulo Autran.

E você, caro leitor? Já teve a oportunidade de assistir ou ler algum romance adaptado para o palco aqui não citado? Muitos outros constam nessa longa lista de obras-primas, decidi apenas destacar aqui alguns de meu maior interesse.

Um aceno de mão efusivo e até a próxima semana!
Dúvidas, críticas ou sugestões, envie para luciana.kezen@rioencena.com.

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