Outubro de 2020 ficará marcado como o mês em que os teatros do Rio de Janeiro reabriram para o público após uma interdição geral, sem precedentes, de mais de 200 dias. A prefeitura já havia liberado em setembro a reabertura como etapa do processo de flexibilização do plano de combate à Covid-19, mas somente neste fim de semana as salas começam a abrir suas portas depois de realizarem uma série de adaptações ao “novo normal”. E entre elas, está o Riachuelo Rio, que no dia 29 receberá o solo “A Descoberta das Américas”, com Julio Adrião.
Em cartaz continuamente desde 2004 com o espetáculo que lhe rendeu o Prêmio Shell de Melhor Ator, Julio acredita que esta retomada gradual da programação teatral da cidade é natural, claro que desde que sejam tomadas todas as medidas de prevenção, principalmente para o público. Sendo assim, não considera, com sua volta aos palcos, estar participando de uma iniciativa precipitada ou irresponsável.
— … respeito quem ainda prefere esperar… Mas para mim é uma oportunidade de experimentar este momento, que é estranho para todo mundo, que é este reencontro. E acho que mais cedo ou tarde vai ter que acontecer. E não me sinto transgredindo nenhuma regra, sendo irresponsável dentro do que está sendo proposto para mim — disse o ator no quadro “Enquanto Isso, na Quarentena”, da RIO ENCENA TV (inscreva-se aqui).
Além de comentar sobre seu retorno ao teatro com público presente, Julio – que no cinema interpretou o governador corrupto de “Tropa de Elite 2” – elogiou ainda a ligação entre teatro e Internet que ficou mais estreita na pandemia (ele, por exemplo, lançou um canal no YouTube com conteúdos coletados durante dos 15 anos de seu solo) e se mostrou cético, mas otimista quanto ao futuro da cultura às vésperas de mais uma eleição para prefeito no Rio. Assista à entrevista na íntegra no vídeo abaixo:
